Envolvia-se com filmes. Ria, chorava, ficava com raiva... Em poucos minutos, aqueles personagens, eram quase íntimos pra ela. Revendo Lisbela e o Prisioneiro, logo se viu na mocinha. Como eu, ela também se entrega ao que rola na tela. Ok, começamos bem – pensou.
A história vai sendo construida e aparece Inaura. A mulher sedutora e maluca que vai bagunçar a vida do Leléu, o Prisioneiro. Ah, não! - pensava ela. Nunca me imaginei Inaura! E a cada acontecimento novo, a cada situação em que mocinha, mocinho e a outra se envolviam, ela tinha mais certeza. Nasci pra ser Lisbela, não Inaura! – quase gritou sozinha na sala.
Nunca se viu coadjuvante numa comédia romântica e muito menos na sua vida. O que era praticamente a mesma coisa. Já há algum tempo que sua vida vinha se parecendo com uma comédia romântica...
Bom, mas ainda que andasse meio confusa, achava que seu destino era ser a Lisbela de alguém. Tinha que ser assim. Mesmo seu roteiro estando inacabado, sabia que seu lugar deveria ser o de protagonista. Pensou então, que sua vida estava naquele momento em que as coisas ficam confusas demais, mas que logo apareceria alguém para ajudá-la a resolver tudo. Como num filme de amor desses deliciosamente água com açúcar, o final feliz era só uma questão de tempo.
Ai, ai... Tomara que seja com o Leléu, suspirava apaixonada. Tsc, tsc... Nessa hora sim, ela se transformou na tonta da Inaura. Ele disse que não existe amor por tabela e que seu coração estava amarrado ao de Lisbela. Mesmo assim, tanto Inaura quanto ela não desistem. Bom, mas se é verdade que toda história de amor merece um final feliz, pelo visto deve demorar um bocado ainda para que subam os créditos desse filme.
sexta-feira, 9 de setembro de 2005
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